6 de ago. de 2014

Remember my name - 01. Forevermore

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She dreams in color...
She dreams in red.
Can't find a better man!



-Acorda neném! - senti aqueles lábios morderem minha orelha e me acordarem com um susto.
-So-Samatha! - eu gaguejei me virando e me cegando com aqueles cabelos louros contra a luz do sol.
-Desculpa não avisar antes - ela me deu um selinho e se sentou na cama - Te liguei e você não atendeu... Ai o sindico me deu a chave e eu entrei amorzinho! 
    Minha cabeça não processava nada naquele segundo, e sua voz não fazia muito sentido. Assenti com a cabeça e me enfiei de baixo da coberta. 8:00 da manhã? Porra! Era cedo de mais.
-Amor... - eu a fitei - Ah, vou me trocar e já vou pra sala com você ok? - eu forcei um sorriso.
-Ok meu bebe! - ela riu e saiu aos pulinhos do meu quarto.
    Era quase que bom namorar a Samantha, só não era fácil. Odiava acordar cedo, e ter ela invadindo meu quarto de manhã era horrível mas mesmo assim não reclamava, não queria magoa-la de jeito nenhum, afinal ela quem me ajudou na recuperação do acidente. 
   Fazia 3 anos desde que bati o carro na avenida principal da cidade. Fiquei em coma 3 semanas, e demorei para me lembrar de certas coisas. No começo, tudo que me lembrava era de uma morena que tinha os cabelos mesclados entre loiro e castanho claro, com voz doce e um perfume gostoso; acho que o nome era Sophia, pois também era algo que me lembrava, mas depois de tanto tempo eu já não sabia mais. Não lembrava de como aconteceu o acidente,ou de quem era Sophia mas minha dor nos joelhos e a cicatriz no quadril me lembravam daquele momento. Afastei aquele pensamento rápido e me forcei a levantar. Fui para o banheiro morrendo de sono e tomei um banho gelado. Acabei ficando pronto em uma hora e sai. 
  Samantha estava sentada no sofá vendo algum seriado bobo e tomando café. Fui até a cozinha, pus café para mim e fui para a varanda. Não falei com ela, não olhei para a tv; nada. Apenas respirava entre um gole e outro. Quando meu café acabou, entrei e Samantha estava em pé com algo na mão.

-Quer sair hoje anoite? - ela me disse sorrindo.
-Ah pode ser! - eu forcei outro sorriso - Para onde vamos? 
-Um amigo meu vai fazer uma apresentação!  Vai ter canto, teatro - ele se aproximou ponde a mão em minha cintura - e dança! 
-Ah claro! Vamos sim.-Eu disse sorrindo e saindo de perto.

Peguei as chaves do carro que estavam em cima da mesinha de centro, desliguei a tv e fiz um sinal para a porta. Ela me olhou cabisbaixa pegou a bolsa e saiu. Enquanto eu fechava o apartamento, ela chamava os elevadoras -em meu prédio um elevador ia para fora e o outro só para o estacionamento -que chegaram rápido. Assim que ela estava entrando eu disse:
-Te pego as 19:00. - ela assentiu e se foi.
                                                                      


   O dia passou rápido. Fiquei no trabalho até as 13:00 horas e depois passei o resto do dia na praia. Peguei umas ondas e ensinei alguns meninos a surfar. Depois fiquei moscando lá lendo um livro. Eu simplesmente odiava ler, mas aquele livro eu lia toda semana e realmente não fazia ideia do porque. 
             18:30. 
-Puta que pariu! - eu gritei me levantando rápido.
   A melhor parte de morar na praia, é seu apartamento ser do outro lado da praia. Sai apressado, taquei minhas coisas em um salinha junto com o sindico do prédio e subi rápido. Abri o apartamento correndo, já tacando as chaves e o sapatos pelos ares. Tomei um banho de 15 minutos - o que geralmente eu levava uma hora para fazer - coloquei um jeans preto, um tênis preto e uma camisa gola V azul escura. Passei um perfume, mexi no cabelo mais ou menos e sai. Fui direto para o estacionamento. Lá estava meu Mitsubishi Lancer. Olhei e sorri. Entrei no carro,liguei uma música e dei partida. 
   Samantha morava bem no centro, o que levava uns 5 minutos de carro. 19:00. Parei em frente a sua casa e buzinei. Levou uns 5 minutos até ela sair falando algo para sua mãe Amanda, que sorriu e acenou para mim. Samantha usava um vestido preto coladinho e decotado, com um salto alto rosa super pink meio brega. Um batom rosa bebe super marcado e uma maquiagem que a deixou com cara de velha. Fiquei com vontade de rir, mas assim que ela entrou lhe beijei o rosto e disse que estava maravilhosa. 
  Não que Samantha não fosse bonita, por que ela era bastante. Mas como a conheci em um bar e o que me chamou a atenção foram seus peitos enormes, eu realmente achava que ela era muito puta as vezes. 

- Para onde madame? - eu disse rindo.
-Lá na Enseada. Os meninos já estão lá. - Ela me olhou dos pés a cabeça - Não podia por uma roupa mais decente não? Parece que tirou da roupa suja! - ela disse grossa virando para o lado. 

  Ignorei e dei partida. Ela tirou meu Rock e pôs na pasta de Funk dela. Aquilo me irritava, mas eu nunca falava nada. Eu sinceramente gostava da Samantha, e muito, mas não era amor e eu já não aguentava mais ficar com ela. Queria fazer outra faculdade, queria viajar e com ela, nada disso seria possível. Eu a olhei. Aquilo que senti quando a conheci já não existia mais. Ela já não fazia mais falta como a uns meses atrás. Eu meio que " aturava " ela, acho que por gostar dela e não querer magoa-la. 

" Podemos nos apaixonar todos os dias. Mas só podemos amar uma vez!" 

  Do nada essa frase me veio na cabeça, como uma bomba e mais um lembrança invadiu minha mente. 2º ano do colegial. Eu pichei essa frase em uma parede de um prédio, frase que alguém havia dito para mim naquele dia. Aquele pensamento latejou minha cabeça, mas já logo o taquei longe e foquei na estrada. Sem perceber mudei a musica e pus Pearl Jam - Better Man, e Samantha já logo veio reclamar. No impulso mandei ela não encher e aumentei o volume. Aquela música me levava para perto de alguém. Me levava para onde eu deveria estar. Aquela musica fazia minha vida ter sentido e como sempre, o acidente não me deixava saber o porque. 
    Após uma meia hora nós chegamos. Sai do carro, abri a porta para Samantha que saiu em disparada para os braços de Carlos. Ela dizia que eram melhores amigos, e eu tinha quase certeza que tinha algo a mais e eu realmente não estava nem ai. Sorri, fechei o carro e cumprimentei todos. 
  A praia estava toda iluminada, cheia de pessoas e com um palco enorme montado perto do mar. Tocava uma musica bem alta que no momento era um sertanejo lento. Os meninos falaram algo para mim, que concordei sem ao menos ouvir. Estava perdido. 
  Um cima do palco estava uma garota,devia ter no máximo minha idade, uns 22 anos talvez. Era alta, com um corpo definido e robusto. Tinha cabelos loiros mesclados no castanho, que realçavam bem o sorriso em seu rosto. Aquele sorriso mexeu comigo naquele momento, e enquanto a admirava, seus olhos encontraram os meus em meio a multidão. Seu sorriso sumiu, e seus olhos arderam em fogo junto dos meus. Ela virou para os lados procurando por algo, até me encarar de novo. Eu sorri. Meu coração parecia parar, até ela se posicionar no meio do palco segurando um microfone. 

-Estão todos preparados?! - o DJ perguntou enquanto todos batiam palmas e a menina sorriu olhando para mim - Essa menina veio para abalar a noite de vocêês! - ele gritou e todos assoviaram, inclusive eu. 
-Boooooa Noooooite Galeeeera!! - Ela gritou com aquela voz doce - É um prazer para mim voltar para onde eu nasci, para onde todos os meus sonhos começaram. E hoje, eu posso dizer que os realizei! - ela abriu um largo sorriso. E sem perceber eu estava andando em sua direção- Então, para começar, peguem seus pares, porque vou desacelerar um pouco o ritmo. Aqui minha musica preferida! - Antes que eu pudesse notar, todos estavam dançando, inclusive Samantha. Meu coração parou. 

   Better Man ecou meus ouvidos naquela hora e eu literalmente perdi o ar. Ela olhou para o céu quando começou, e passou a mão em sua mão esquerda que contia um pequeno anel dourado com uma pedrinha branca em cima. Era lindo, assim como ela. 
   Sua expressão parecia triste e eu quase tinha certeza que a minha também. Ela me olhou ao cantar o refrão da música e de repente minha cabeça latejou. Minha vida pareceu ter um sentido, como se tudo que faltasse fosse ela. Eu respirei, e de olhos fechados ouvi sua voz invadir minha mente e cada parte do meu corpo, somente quando ela terminou que  os abri e a encarei novamente.

-" Podemos nos apaixonar todos os dias... Mas só podemos amar uma vez"! - ela disse respirando devagar - Essa foi para todos os apaixonados aqui presentes! - todos aplaudiram ela e eu comecei a chorar. 

  Como? Como ela conhecia aquela frase? Por que cantou aquela musica? 
As lagrimas escorriam quase que tão rápido quanto meus pensamentos. Eu não estava mais intendendo nada. Como se tudo que eu precisa-se fosse ela. Como se ela fosse a chave para lembrar de realmente tudo. Vi uma lagrima escorrer seu rosto. Ela fez uma pausa e um gesto para o Dj, que disse algo que eu não ouvi enquanto ela se retirava.

-Com licença! - eu passava em meio a multidão - Por favor eu quero passar... 

  Em meio ao "caus" cheguei próximo ao palco. Quando ia andar, algo acertou minha bochecha e caiu no chão. 

-Aiii! - eu disse procurando aquilo no chão, até ouvir uma voz falhada.
-Pedro! Pedro meu anel?! Cadê meu anel? Ele estava comigo agora! - ouvi a voz se transformando em choro.

  Olhei para o chão e lá estava, aquela coisinha pequena e delicada que pertencia a moça pela qual havia me encantando. Passei a mão na bochecha que doía, arrumei a calça e fui abaixar para pegar. Assim que toquei o chão, uma mão macia tocou a minha e tudo que pude ver foram unhas pintadas de preto. Peguei o anel e a olhei.
  A loira estava na minha frente com o olhar fixada no meu. Senti meu coração palpitar e enquanto levantávamos seus olhos não desgrudaram dos meus. Aqueles olhos castanhos mel, quase que indecifráveis invadiram minha alma. Algo nela mexia comigo e em um impulso rápido, passei meu dedo por suas lagrimas.

-Acho que é seu! - Eu disse lhe mostrando o anel. Ela não esboçou reação.
-Daniel?! 
-Sim? - Quando me toquei eu a olhei confuso - C-como? - eu olhei para o anel em minha mão e olhei para a loira baixinha de novo. Peguei sua mão esquerda devagar e enquanto o punha de volta, tudo ficou claro. Mais claro do que nunca. Chegando ao fim de seu dedo, afitei e encontrei seus olhos.

-Sophia?!!...



9 de jun. de 2014

Remember my name - Prólogo

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-Amo você! Tanto que parei de pensar tanto em mim, para pensar muito mais em você e mais ainda em nós!- Little Dancer 









Ubatuba - 
Dezembro de 2010


     Adorava pegar umas ondas e acabar caindo porque não parava de olha-la, lá, sentada naquela pedra, lendo- devorando - mais um livro. As ferias haviam começado a quase um mês, e era rotina, eu e Sophia íamos toda manha para praia. Eu tomava uns caldos, e ela lia um livro. Era uma vida agradável e sinceramente não me importaria de te-la assim para sempre. Mas sabia que as coisas não seriam mais assim em dois meses, trabalho, faculdade, curso...Minha vida já não tinha mais tempo para minha morena, e por mais que a dela também estivesse prestes a ganhar essa rotina, ela se encantava em ter 5 minutos comigo anoite. 
  Peguei a prancha e sai da água. Fui sorrindo até ela que também ria lendo algo. Aquele sorriso gostoso me fazia delirar ha 3 anos, e realmente não queria mais ele longe de mim. Arranquei o livro de sua mão, o que a fez gritar e me dar um soco no braço. Ri da sua cara, larguei a prancha e a beijei. Ela não se incomodou com o fato de eu estar todo molhado e cheio de areia. Não, pelo contrario. Ela me apertou mais e sorriu. Minha cabeça estava um turbilhão já, só de te-la perto e a ideia de jogar tudo pro ar e arriscar já me tomava.

- No que está pensando? - ela sorriu e eu e sentei na pedra -.
-Em você!
-Estou do seu lado, lembra?
-Idai? - eu sorri - Penso em você o tempo todo

  Ela riu e me deu um selinho, se levantou, tirou a areia da roupa e me esticou a mão dizendo " vem ". Peguei a prancha da areia, lhe entreguei o livro e peguei sua mão, e assim fomos caminhando a beira da praia para sua casa. 
  Já era quase hora do almoço, e eu simplesmente amava o cheiro de comida que sempre tinha na casa dela. Deixei a prancha na porta, passei uma água no corpo na varanda, vesti uma camisa e entrei. Sophia já havia subido pro quarto pra trocar de roupa, e Pedro - seu irmão mais velho - me cumprimentou me levando pra cozinha. 

-Oi Daniel - Julio, pai de Sophia, disse sorrindo para mim - Como vai? Me parece ótimo. Pegando uma cor agora que tem tempo para viver! - rimos juntos e Pedro entrou no meio.
-Temos que brindar essa noite! Nossa pequena finalmente conseguindo o que quer! -ele levantou uma taça vazia e eu sem intender perguntei.
-Não intendi! O que tem a Sophia? - Eu os encarei -.
-Ah... A Sophia não te contou? 
-Ah, me contou o que? - Julio me encarou e se aproximou com a mão nos bolsos. Pegou um envelope e jogou na minha frente na mesa dizendo para eu ler.

È um imenso prazer....
blablábla´
Que a senhorita Sophia Fabray
blbláblá
Foi aceita na faculdade Juliard de Artes Cênicas de Nova York
com bolsa integral para Dança  no curso do ano de 
2011 ... blábláblá



  Minhas mãos tremeram e deixaram a carta cair. Não acreditava no que acabará de ler. Comecei a gaguejar alguma coisa que não intendi para o pai dela, até me levantar - quase cair - atordoado. Quando me virei, lá estava ela na porta da cozinha de cabeça baixa.
 Em um reflexo peguei a carta e gritei:

-O que é isso? - ela não respondeu - Sophia o que é isso? È brincadeira não? - eu balançava a carta e gritava, vi uma lagrima escorrer seu rosto e na mesma hora soquei a parede - Por que não me contou? Sophia!! - larguei a carta e sai andando -.
- Daniel! Daniel espera por favor! - eu a ouvi gritar - Por que Pai, por que? -sua voz já falhava quando atravessei a varanda furioso. 

 Não sabia se estava pensando ou não, minha cabeça explodia e meu coração estava muito acelerado. Comecei a chorar igual criança, o que era tecnicamente ridículo, até que senti aquelas mãozinhas puxarem meu braço. Ela mesmo se colou em um abraço apertado e eu a afastei.

- E-eu ia contar... - ela gaguejou - Daniel, eu ia contar! - Ela pegou meu queixo e me fez a encarar - P-por F-favor, me escuta! - eu respirei e a encarei ainda chorando -.
-F-faz quanto tempo? - ela murmurou algo baixo - Sophia! Faz quanto tempo que essa maldita carta chegou? 
-1 mês... - ela encarou o chão e começou a chorar - Eu ia te contar. E-eu ia!! 
-A é? Quando? - eu gritei - Quando? - eu coloquei as duas mãos no cabelo e encarei o céu - Quando você estivesse no aeroporto? - 
-E-eu ... - ela chorava quase tanto quanto eu - Me perdoa! Me perdoa por favor! - ela me abraçou forte, como nunca, eu apenas a apertei - E-eu não tinha contado nada por que não achei que fosse passar... V-você sabe que esse sempre foi meu sonho... Quando a carta chegou, não contei para ninguém... E-eu pensei em nã - eu a cortei na fala, a afastei e a fiz me encarar -.
-Você vai! - engoli meu choro e respirei - Amor, desde que te conheço, seu sonho é dançar, e você foi aceita para uma das maiores faculdades da America! Você vai e ponto final.
-M-mas e você? Eu não quero te deixar... Juntos lembra? - aquela lembrança boba do ensino médio me veio a memoria. Quando juramos que resolveríamos tudo Juntos. Concordei com a cabeça e ela continuou - Aquilo não mudou! Não passamos por tudo isso pra chegar aqui e desistirm ... - ela parou e chorou - 

 Eu a abracei sem saber o que fazer, prometi que tudo ficaria bem, até que a bomba me acertou.

-O voou é essa noite... - ela me encarou e percebi a dor em seus olhos -.

  Meu coração parou naquele momento e tudo que eu mais amava estava me deixando. ME mantive forte e a beijei. A beijei como nunca. Como a última vez. Ela tentou se afastar mas não deixei, até que implorei para que fosse pro meu apartamento. Simplesmente fomos, e por mais que aquilo estivesse me matando, ficamos lá deitados na minha cama por duas horas; sem falar uma palavra se quer. Ela olhou o relógio, e eu sabia o que significava. Ela sentou na cama mexendo nos cabelos, apenas me aproximei e beijei sem ombro,o que a fez me encarar com aqueles olhos inchados. Ela me pedia perdão mil vezes com aquele olhar, e saber que em poucas horas não a teria mais, me faziam morrer milhões de vezes seguidas. Me afastei dela e fui mexer no criado mudo do lado da minha cama. Fucei tudo ali dentro ate achar o que procurava. Peguei a caixinha dali de dentro e pus em sua frente.

-Casa comigo? - ela me encarou espantada - Casa comigo? Fica comigo para sempre. 
-E-eu ... 
-Não vai, fica comigo Sophia ... - eu me aproximei dela abrindo a caixinha e revelando um anel dourado com uma pedra em cima, delicada como ela - E-eu te amo! Você sabe disso... Caso comigo? È só dizer sim... 
-E-eu ... Não posso! Me perdoa - ela começou a chorar e se levantou, eu a olhei frustrado enquanto ela calçava as sapatilhas - Daniel, eu te amo meu loirinho. Eu te amo mais que tudo nessa vida! - ela disse me dando um beijo na bochecha e saindo do quarto, me deixando sozinho. Chorando.  

   A mulher que eu amava estava indo embora, me deixando... Depois de 4 anos. 
    Peguei a aliança, pus no bolso, liguei o carro e sai. Se dirigir inconsciente era proibido, eu não me importava. Chorei tudo que podia. Vi faróis na minha direção. Meu peito bateu. Apaguei...